Cada vez mais, a ciência busca caminhos interdisciplinares para enfrentar os desafios da saúde mental, um deles é a aproximação entre a Física e a Psicologia, duas áreas tradicionalmente distantes, mas que vêm sendo conectadas.
A mente humana e o universo parecem pertencer a reinos distintos, mas o pesquisador, físico e mestrando em psicologia, Adriel Silva está provando que essas fronteiras podem ser cruzadas.
Sua proposta? Aplicar modelos físicos e matemáticos para compreender distúrbios psíquicos e padrões de comportamento.
Quando o cérebro segue padrões da natureza
A ideia de que o funcionamento mental pode refletir estruturas matemáticas não é nova, mas ganha força com o avanço de ferramentas computacionais e métodos interdisciplinares.
Esse tipo de abordagem ajuda na compreensão da origem e evolução de distúrbios mentais usando modelos que simulam o comportamento cerebral em condições específicas.
“A mente humana não está fora das leis da natureza. Se conseguimos usar a matemática para entender buracos negros e o caos atmosférico, por que não aplicar esse mesmo olhar à psique que é tão mais próxima?”, observa Adriel Silva.
Uma nova fronteira na saúde mental
O uso de modelos físicos na Psicologia tem um grande potencial de alterar a forma de diagnosticar, compreender e até tratar transtornos mentais.
“Essa abordagem não se baseia só na percepção dos sintomas, mas também traz dados concretos que ajudam a entender melhor o quadro, trazendo mais clareza e segurança no diagnóstico”.
“Unir física e psicologia não significa deixar de lado a vivência única de cada pessoa, pelo contrário, é uma forma de somar, trazendo ferramentas que ajudam a enxergar padrões com mais clareza”, destaca Adriel Silva.