Mimetização de carne pode ser a solução para o sofrimento animal na indústria alimentícia
Porcos são confinados em galpões apertados onde nunca verão a luz do sol e as fêmeas são engravidadas a força por toda a vida, vacas sofrem mutilações sem anestesias, frangos são engordados artificialmente e até mesmo cachorros são abatidos para consumo humano.
Um dos maiores causadores de sofrimento animal é, sem dúvidas, a indústria alimentícia para consumo humano, no entanto, cada vez mais têm sido desenvolvidas tecnologias que oferecem alternativas a esse sistema, uma das principais é a mimetização de carne.
Produção de carne em laboratório está cada vez mais próxima
A bioimpressão de carne tem sido bastante debatida e avanços tecnológicos estão proporcionando avanços à tecnologia de produção artificial de carne.
Apesar da produção de carnes “plant based”, feitas através de matérias primas vegetais, já ser uma realidade e se aproximar bastante da cor, textura e sabor da carne natural, existem alternativas que podem reduzir ainda mais essas fronteiras.
Uma das principais formas de produção de carne em laboratório é a bioimpressão feita com células tronco dos animais, que passam por um processo de ampliação para serem modeladas por uma impressora 3D para produzir carne.
Apesar de já ser uma realidade, o processo ainda não possui capacidade ser utilizado em larga escala, mas com o desenvolvimento da bioimpressão esse modelo pode ser usado para substituir totalmente o abate animal, como explica a pesquisadora, ativista e empresária ecológica, Angela Oliveira.
“Carne feita a partir de células expandidas podem alimentar a população e salvar bilhões de animais que sofrem todos os dias com crueldade, animais que apesar de serem seres vivos capazes de pensar, sentir e querer, são incapazes de usufruir de suas vidas vivendo presos em fazendas industriais ao redor do mundo”.
As perspectivas da bioimpressão
A tecnologia de bioimpressão de carnes traz diversas possibilidades para a sociedade, podendo ser também uma aliada à sobrevivência do planeta, como explica Angela Oliveira.
“Nós falamos tanto em povoar Marte, mas um dos principais problemas para isso é a alimentação, com a tecnologia de bioimpressão podem ser levadas apenas as matrizes de células para que sejam expandidas”.
“A bioimpressão de carnes pode possibilitar também produzir alimentos com a organização nutricional que desejarmos, 90% de proteína, 5% de gordura, ou até mesmo produzir carnes com gordura só de ômega 3, as possibilidades são enormes”. Explica.
“Imagine que amanhã você vá fazer um churrasco, você compra as células, imprime na sua casa a quantidade que quiser, são realmente perspectivas muito animadoras, e o mais importante, ecologicamente sustentável e sem sofrimento animal” Conta Angela sobre as possibilidades que a evolução da tecnologia de bioimpressão podem trazer.
Sobre Angela Oliveira
Angela resolveu mudar a forma com que o lixo é tratado no país, como representante e divulgadora da tecnologia Termoquímica Catalítica. A pesquisadora é especializada em neurociências, coach e liderança, física quântica e diversas outras tecnologias que podem ajudar a mudar o mundo.