O consultor e especialista no mercado imobiliário Rafael Scodelario revela quais as lições aprendidas com o covid-19 e revela como corretoras e empresas do setor podem se beneficiar da crise para seguir vendendo e fazendo negócios.
Em meio à crise causada pelo covid-19, muitas incertezas pairam sobre o mercado de uma forma geral. O ano de 2020 começou com otimismo no que diz respeito ao mercado de imóveis, com a queda dos juros e das taxas de financiamento e uma ligeira recuperação da economia, mas agora com a paralisação causada pela pandemia e pelas medidas de isolamento social, muitos se pergunta qual será o futuro deste mercado daqui para frente.
O consultor e especialista no mercado imobiliário, Rafael Scodelario, aponta que, apesar do covid-19, este setor deve continuar crescendo, contanto que empresas e profissionais estejam preparados para se atualizarem: “a pandemia do novo coronavírus nos ensinou a tirar máximo proveito das tecnologias que muitas vezes já estavam implementadas mas que fazíamos subutilização. Quando tudo isto passar o mercado seguirá crescendo em demanda e volume de vendas por diversos motivos. Além disso, toda a situação serviu para nos ensinar valiosas lições que apontam para uma evolução neste mercado.”
Rafael Scodelario separou seis lições aprendidas com o covid-19 e traz avaliações de que transformações o mercado sofrerá desde já e como tirar o máximo proveito deste aprendizado para seguir produtivo e fechando vendas e locações. Confira:
1- Contato pessoal
O contato pessoal será cada vez menor e as empresas e corretores terão de investir em tecnologia, para trazer a sensação para o cliente de estar visitando o imóvel mesmo em ambiente virtual. O contato pessoal será muito menor e tudo cada vez mais online.
2- Reuniões serão teleconferências
Devido ao covid-19, mesmo após o fim da pandemia, daqui pra frente as reuniões online via zoom, skype e aplicativos de videoconferência serão cada vez mais ativas.
3- Contratos digitais
Assinatura digital será mais utilizada. Há 3 meses atrás, menos de 5% dos negócios que fechávamos tinham contratos assinados digitalmente. Com a covid-19, este número irá aumentar drasticamente daqui em diante. Na última semana, 100% dos contratos celebrados foram por assinatura digital.
4- Ter um caixa é fundamental
Muitas empresas estão quebrando por não ter um caixa para situações de emergência com a crise do covid-19. É preciso ter um caixa que suporte até mesmo um momento de ruptura e perda de 100% do faturamento, como é o caso da maioria das empresas do setor, que viram o volume de negócios despencar a quase zero com o fim das visitas a imóveis e a perda do poder de compra com as demissões em massa e moratórias.
5- O mercado continuará ativo e crescendo
Independente do covid-19, as pessoas continuarão comprando imóveis. Quando passar a pandemia, elas continuarão casando, divorciando, se mudando, tendo filhos e com isso sempre haverá a necessidade de alugar, de comprar ou vender. A demanda sempre vai existir, mas será necessário que corretoras e imobiliárias se atualizem.
6- Investimento imobiliário hoje ainda é propício
O mercado imobiliario este ano ainda é promissor. SELIC em queda com a possibilidade de cair ainda mais. Hoje é de 3,5%, menor patamar histórico. Além disso, as taxas de financiamento estão mais baixas do que jamais estiveram, na casa dos 6% ao ano. Há dois anos atrás era impensável chegarmos a esse patamar no Brasil.
Além dos incentivos e mercado mais sólido, investir em imóveis independe da queda na bolsa de valores e de outros índices financeiros. Nos últimos 45 dias a Bolsa chegou a cair 40%. Ao comprar um imóvel pode-se ter uma crise de liquidez mas nunca perda, porque o imóvel está lá, mobilizado e assegurado. Sempre será um bom investimento.