Medicação: psicóloga fala dos riscos de usar medicamentos como válvula de escape

A maioria das pessoas já sabe que o uso contínuo e exagerado de medicamentos traz muitos prejuízos à saúde como um todo. De acordo com a psicóloga Roselene Espírito Santo Wagner, é preciso entender que remédio não ensina comportamento, mas apenas aplaca uma crise aguda que seja desencadeada por alteração do sistema nervoso central.

“O tratamento deve ser acompanhado por médico especializado, ter começo, meio e fim. Quando for de cunho psicológico, a psicoterapia é fundamental, para que o sujeito desenvolva autoconhecimento e possa elaborar recursos emocionais e cognitivos, para um comportamento mais bem adaptado a fase, idade e momento dentro do ciclo vital” explicou.

Roselene também pontuou que é preciso compreender que: “Felicidade é um intervalo de tempo, entre um problema e outro”.

“A vida nos desafia, é preciso crescer no desafio, usando as experiências que obtivemos nas adversidades que enfrentamos. O emprego de qualquer droga, por mais inócua que seja, exige sempre do médico que a prescreve conhecimento preciso das possíveis reações maléficas da referida droga. É difícil determinar a real eficiência de qualquer medicamento”, pontuou.

A especialista também disse que as pesquisas conduzem cada dia ao desenvolvimento de novas drogas, na esperança de se chegar a medicamentos para a cura de todo os males. Mas, apesar de meticulosas verificações, de teste severíssimos e frequentes rejeições de novos produtos por causa de seus efeitos colaterais, remédios perigosos e até fatais, chegam a ser comercializados.

Ela pontuou que se sabe, há muito tempo, que todo medicamento é veneno em potencial.

Paracelso, que viveu de 1493 a 1541, já tinha afirmado que:

“Todas as substâncias são venenos; não há nenhuma que não seja veneno. A dose correta diferencia um veneno de um remédio”.

“Efetivamente, a própria palavra grega “fármacon”, da qual provém a portuguesa fármaco, significa não apenas remédio, mas também veneno. Por isso, uma superdosagem, a administração por via inadequada, a aplicação para fins não indicados, pode transformar um fármaco útil em veneno. As reações graves e até mortes causadas por alguns remédios no passado levaram Holmes, médico famoso, a afirmar: “Se toda a matéria médica, conforme é hoje usada, pudesse ser lançada ao fundo do mar, seria tanto melhor para a humanidade – e tanto pior para os peixes”, explicou.

Assim, segundo a especialista disse que, há milênios que o homem, em sua contínua luta pela sobrevivência vem tentando prolongar a vida. Para isso tem inventado as mais variadas maneiras de reparar e manter em funcionamento essa fantástica máquina viva que é o organismo.

“Quando a pessoa tomou “um pouquinho” de remédio, ela está sob dose subliminar, isto é, insuficiente para produzir uma ação farmacológica, apreciável. A dose suficiente chama-se liminar, e pode ser terapêutica, média ou ótima. Aumentando a dose “ótima”, ela se torna tóxica, podendo, então atingir mesmo um nível que seja letal. Geralmente, os testes de efeitos nocivos de um produto novo são realizados com animais e não com seres humanos. Embora a maioria dos efeitos sobre o homem possa ser demonstrado em algumas outras espécies, nem sempre os resultados são idênticos”, contou.

Remédio é arma de dois gumes: cura, mas também pode prejudicar. Medicar-se por conta própria e tomar remédio abusivamente é o mesmo que aceitar o segundo risco. O problema é que a maioria das drogas tomadas sem receita leva a efeitos danosos, ou, na melhor das hipóteses, não leva a efeito algum.
Em princípio, o diagnóstico de uma doença só pode ser feito, com segurança, pelo médico.
É preciso se atentar que para muitos laboratórios, o homem é um meio e não um fim; é um meio de ganharem muito dinheiro”, disse.

“É necessário que se tenha sempre em mente que qualquer tratamento deve ser obedecido sempre à risca. Se surgir quaisquer reações inesperadas deve-se procurar imediatamente o médico.

Os males da cura: Toda emoção causa uma reação fisiológica no organismo. Quando o nível de ansiedade se eleva, traz desconforto físico. Temos que imediatamente lembrar que o primeiro recurso a ser utilizado, é a respiração diafragmática consciente. Para a autorregulação. Medicamentos ofertados por outras pessoas, podem prejudicar a pessoa em questão. Provocando assim, novos e incontroláveis sintomas.

Abuso dos remédios: O uso de qualquer remédio está sujeito a uma regra elementar: indicações, dose certa. Fora isso, ou ele é desnecessário ou é nocivo. Em ambos os casos constitui abuso e deve ser evitado”, finalizou.

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